Um time de peso para as provas de pista no Atletismo
Os Jogos Paralímpicos Paris 2024, ocorridos de 28 de agosto a 8 de setembro, contataram com a participação de seis atletas ADD na modalidade do Atletismo. Alan Fonteles, Antonia Keyla, Ariosvaldo Fernandes, Vanessa Cristina, Vinicius Rodrigues e Yeltsin Jacques. Além de Antônio Lima e Guilherme Santos, como atletas-guia, e Denis Gigante, treinador. Esse time somou cinco medalhas para o Brasil.
Para os atletas da Associação as competições tiveram início no dia 30, sexta-feira, com Yeltsin disputando os 5.000 m T11 (deficiência visual), conquistando a primeira medalha, bronze. Em Tokyo 2020, o sul-mato-grossense havia conquistado medalha de ouro nessa prova. Contudo, o ouro ainda estaria por vir em Paris 2024.
Avançando para 1º de setembro, ocorreram provas para quatro dos nossos atletas. Vanessa Cristina correu nas eliminatórias dos 800 m T54 (cadeirante), concluindo na 10ª colocação, sendo assim, não avançando para a final. Ariosvaldo, o Parré, disputou nos 400 m T53 (cadeirante), se classificando e disputando a final no mesmo dia, a qual concluiu em 8º lugar.
No período da tarde, pelo horário de Brasília, foi a vez dos atletas Alan e Vinicius correrem suas classificatórias, respectivamente, 100 m T64 e 100 m T63 (ambos com amputação de membros inferiores com prótese). A dupla se classificou para as finais no dia seguinte.
Dia 2, Yeltsin Jacques corre para se classificar para a final dos 1.500 m T11, alcançando o melhor tempo da prova: 4min03s22. Seguido de Vanessa, T54, também nos 1.500, que concluiu na 8ª posição.
Foi então a vez de Vinicius Rodrigues na final dos 100 m T63, alcançando seu melhor desempenho no ano, 12s10, bem como a conquista da medalha de bronze. Na mesma tarde, Alan Fonteles conclui na 8ª posição a final dos 100 m T64 e Antônia Keyla se classificou para a final dos 400 m T20 (deficiência intelectual) com sua melhor marca na temporada, 57s54, 3ª colocada.
No dia seguinte, Yeltsin se consagra medalhista novamente, ouro na final dos 1.500 m T11, estabelecendo também novo recorde mundial na distância, 3min55s82, ultrapassando o anterior de 3min57s60, que havia, ele mesmo, estabelecido em Tokyo 2020. Na mesma data, a piauiense Keyla conclui na 7ª colocação a final dos 400 m T20.
Quarta-feira, dia 4, Parré se classifica nos 100 m T53, disputando a final pela tarde do mesmo dia. Ariosvaldo Fernandes, em sua 5ª paralimpiada, se torna medalhista, alcançando o bronze nos 100 m, marca dos 15s08. O paraibano é conhecido por projetar seu próprio equipamento. Em parceria com a Alpha Mix, empresa goianense, juntos são os responsáveis pela cadeira de corrida do atleta. Um desafio contra competidores de outras nacionalidades cuja tecnologia das cadeiras de corrida são por conta de montadoras com escuderias na Fórmula 1.
Direto para a sexta-feira, 6, dois dos nossos atletas em finais. Antonia Keyla nos 1.500 m T20, conquistando, assim como Parré, sua primeira medalha em jogos paralímpicos. Keyla é bronze, nesta que é sua principal prova. Concluindo o dia com Fonteles, T62, 400 m. Finalizando na 5ª colocação. Nessa data, Ariosvaldo Parré participou do revezamento 4×100 m.
Fechando a participação dos atletas ADD em Paris 2024, no dia 8, o Brasil contou com a participação de Vanessa Cristina na icônica prova da maratona. Prova com distância de 42.195 km, na qual Vanessa completa na 10ª posição, marca de 1h56min33.
Nos Jogos Paralímpicos Paris 24, o Brasil fez história, alcançando seu melhor desempenho na competição. Foram ao todo 89 medalhas, sendo 25 de ouro, 26 de prata e 38 de bronze. Nosso país concluiu na 5ª posição no quadro de medalhas, tendo sido o quarto país com a maior quantidade de medalha dos jogos.